5 de nov. de 2011

UMA VIDA VARIAS VIDAS

UMA VIDA VARIAS VIDAS SONHOS QUE NÃO ACAMBAM E QUE NÃO SE CONCRETIZA 

PARA REFLETIR



            olhe e veja esse lindo carro qoue voçe ta imaginando e pense qual seria sua reação ao ganhar um desses??

psicopatas

Sintomas Psicopatas

Principais Sintomas

1. - Encanto superficial e manipulação

Nem todos psicopatas são encantadores, mas é expressivo o grupo deles que utilizam o encanto pessoal e, conseqüentemente capacidade de manipulação de pessoas, como meio de sobrevivência social.Através do encanto superficial o psicopata acaba coisificando as pessoas, ele as usa e quando não o servem mais, descarta-as, tal como uma coisa ou uma ferramenta usada. Talvez seja esse processo de coisificação a chave para compreendermos a absoluta falta de sentimentos do psicopata para com seus semelhantes ou para com os sentimentos de seu semelhante. Transformando seu semelhante numa coisa, ela deixa de ser seu semelhante.O encanto, a sedução e a manipulação são fenômenos que se sucedem no psicopata. Partindo do princípio de que não se pode manipular alguém que não se deixe manipular, só será possível manipular alguém se esse alguém foi antes seduzido.

2. - Mentiras sistemáticas e Comportamento fantasioso.

Embora qualquer pessoa possa mentir, temos de distinguir a mentira banal da mentira psicopática. O psicopata utiliza a mentira como uma ferramenta de trabalho. Normalmente está tão treinado e habilitado a mentir que é difícil captar quando mente. Ele mente olhando nos olhos e com atitude completamente neutra e relaxada.O psicopata não mente circunstancialmente ou esporadicamente para conseguir safar-se de alguma situação. Ele sabe que está mentindo, não se importa, não tem vergonha ou arrependimento, nem sequer sente desprazer quando mente. E mente, muitas vezes, sem nenhuma justificativa ou motivo.Normalmente o psicopata diz o que convém e o que se espera para aquela circunstância. Ele pode mentir com a palavra ou com o corpo, quando simula e teatraliza situações vantajosas para ele, podendo fazer-se arrependido, ofendido, magoado, simulando tentativas de suicídio, etc.É comum que o psicopata priorize algumas fantasias sobre circunstâncias reais. Isso porque sua personalidade é narcisística, quer ser admirado, quer ser o mais rico, mais bonito, melhor vestido. Assim, ele tenta adaptar a realidade à sua imaginação, à seu personagem do momento, de acordo com a circunstância e com sua personalidade é narcisística. Esse indivíduo pode converter-se no personagem que sua imaginação cria como adequada para atuar no meio com sucesso, propondo a todos a sensação de que estão, de fato, em frente a um personagem verdadeiro.

3. - Ausência de Sentimentos Afetuosos

Desde criança se observa, no psicopata, um acentuado desapego aos sentimentos e um caráter dissimulado. Essa pessoa não manifesta nenhuma inclinação ou sensibilidade por nada e mantém-se normalmente indiferente aos sentimentos alheios.Os laços sentimentais habituais entre familiares não existem nos psicopatas. Além disso, eles têm grande dificuldade para entender os sentimentos dos outros mas, havendo interesse próprio, podem dissimular esses sentimentos socialmente desejáveis. Na realidade são pessoas extremamente frias, do ponto de vista emocional.

4. - Amoralidade

Os psicopatas são portadores de grande insensibilidade moral, faltando-lhes totalmente juízo e consciência morais, bem como noção de ética.

5. - Impulsividade

Também por debilidade do Superego e por insensibilidade moral, o psicopata não tem freios eficientes à sua impulsividade. A ausência de sentimentos éticos e altruístas, unidos à falta de sentimentos morais, impulsiona o psicopata a cometer brutalidades, crueldades e crimes.Essa impulsividade reflete também um baixo limiar de tolerância às frustrações, refletindo-se na desproporção entre os estímulos e as respostas, ou seja, respondendo de forma exagerada diante de estímulos mínimos e triviais. Por outro lado, os defeitos de caráter costumam fazer com que o psicopata demonstre uma absoluta falta de reação frente a estímulos importantes.

6. - Incorregibilidade

Dificilmente ou nunca o psicopata aceita os benefícios da reeducação, da advertência e da correção. Podem dissimular, como dissemos, durante algum tempo seu caráter torpe e anti-social, entretanto, na primeira oportunidade voltam à tona com as falcatruas de praxe.

7. - Falta de Adaptação Social

Já nos primeiros contatos sociais o psicopata, desde criança, manifesta uma certa crueldade e tendência a atividades delituosas. A adaptação social também fica comprometida, tendo em vista a tendência acentuada do psicopata ao egocentrismo e egoísmo, características estas percebidas pelos demais e responsável pelas dificuldades de sociabilidade.Mesmo no meio familiar o psicopata tem dificuldades de adaptação. Durante o período escolar tornam-se detestáveis tanto pelos professores quanto pelos colegas, embora possam dissimular seu caráter sociopático durante algum tempo. Nos empregos a inconstância é a característica principal.
Do Virtualpsi

3 de set. de 2011

As 5 Coisas Que o Homem Mais Valoriza Numa Relação.

1.Respeito. Você nem imagina a importância de um Homem se sentir respeitado por uma Mulher. Dentro dos seus valores, para 80% dos Homens, ser respeitado é melhor do que ser amado. Ele se sente atingido na sua Virilidade se perde o respeito de sua companheira. Os piores inimigos do respeito para um Homem, são críticas e julgamentos. Então se Você quiser perder seu Homem... Julgue e critique. Quando ele acha que o respeito foi embora, ele vai junto. 2.Amor. Embora não pareça, todo Homem adora ser amado. Eles dão tanto valor ao Amor quanto Você. Eles também acham que quando uma Mulher manda ou reclama de qualquer coisa, é porque o ama menos. Então em vez de mandar, pedir, reclamar diga : Eu gosto tanto quanto Você faz... ou Eu fico tão feliz quando... Ele vai se sentir amado e como retribuição fará com o maior prazer aquilo que Você quer. 3.Agradecimento. Eles gostam quando a Mulher é grata por alguma coisa que ele disse ou fez. Faça uma lista das 10 coisas que fizeram Você se apaixonar por ele, e faça um esforço consciente para cumprimentá-lo e agradecer por ser assim. Mesmo as simples coisas, como alguma tarefa doméstica – que para eles exige um esforço muito maior do que o seu para fazer- agradeça. 4.Lógica. Todas Pesquisas apontam que os Homens se sentem desfavorecidos quando as emoções tomam conta de algum momento mais esmagador para eles. Eles operam com o lado lógico do cérebro e, quando confrontados com uma Mulher emocionalmente carregada, respondem com a raiva. Uma Mulher equilibrada e com auto domínio, ou seja, aquela que exerce o autocontrole emocional, é a preferida nos relacionamentos. 5.Não Enrole, Condense a História. Para Você não errar, divida por 4 as palavras que Você usa para contar a mesma história para uma Amiga. Esse é o número de palavras que um Homem pode lidar sem dispersar a atenção. Não relacione as coisas. Fale uma de cada vez. A Biologia e a Fisiologia já provaram inúmeras vezes que eles não conseguem pensar em duas coisas ao mesmo tempo. Pratique ouvir mais e falar menos. Se ele precisar de detalhes, vai pedir. Nunca dê detalhes sem que ele peça. Amiga, poderia falar de lealdade, companheirismo e outras coisas. Mas lembre-se que essas são pré-requisitos para iniciar a relação, não para mantê-la. Se quiser que a sua relação dure, basta exercitar as 5 acima. Ah! Não relaxe, se cuide, fique linda. Não é tudo, mas ajuda.

Jogo dos Sentimentos e a importância do desenvolvimento emocional

O afeto é a base do desenvolvimento humano, sendo fundamental que, desde pequenas, crianças expressem suas emoções visto que são extremamente importantes para o desenvolvimento cognitivo, moral e social, pois a emoção contribui para o desenvolvimento de valores. Além disso, as emoções podem ter um importante papel no bem estar psicológico ou nos estados patológicos, por isso as atividades propostas no Jogo dos Sentimentos visam contribuir com novas idéias, ativando a criatividade e promovendo novas possibilidades de atuação no trabalho com sentimentos
O material tem como objetivos: - Desenvolver auto-conhecimento e auto-controle emocional; - Compartilhar emoções e aprender a expressar os sentimentos de forma assertiva; - Aprender sobre as 4 emoções básicas (alegria, medo, tristeza e raiva). O jogo visa a auxiliar educadores, psicólogos, pedagogos, psicopedagogos e assistentes sociais nas práticas diárias em relação aos sentimentos. Possibilita o desenvolvimento de diferentes habilidades cognitivas e psicomotoras como: expressão corporal, fala, pensamento e produção de desenhos. Por meio da materialização (toque, interação, desenho) a criança conhece, organiza e elabora sua emoção, o que facilita ao participante entrar na proposta, não se limitando apenas a falar a respeito, mas a vivenciar o sentimento.

25 de ago. de 2011

ANDERS BEHRING BREIVIK – MASSACRE EM OSLO, NORUEGA



Anders Behring Breivik, de 32 anos, matou 77 pessoas em 22 de julho de 2011, em Oslo, capital da Noruega.

Tudo começou com uma grande explosão de um carro bomba, em Oslo, que destruiu boa parte do prédio do primeiro-ministro norueguês (que não estava lá no momento do ataque). Oito pessoas morreram. O temor inicial é que se tratasse de um ataque terrorista perpetrado por islâmicos radicais – ironicamente, Anders é contra o islamismo (e ligado a grupos neonazistas). Mais ironicamente ainda, logo após o atentado, alguém postou em um fórum de internet uma falsa reinvidicação de autoria, atribuindo a explosão a um grupo islâmico…

Isto tudo deveria servir para reduzir a impressão de que apenas os radicais islâmicos são perigosos, mas é improvável que esta revisão aconteça, embora muita discussão, muita mesmo, será gerada por conta deste massacre, de agora em diante (já começou – inclusive com políticos aplaudindo Anders – veja aqui). Talvez fosse este o objetivo de Anders, que apoiava o cristianismo de extrema-direita…

Em maio, Anders Behring Breivik havia comprado seis toneladas de fertilizante, e possivelmente usou o produto na fabricação do explosivo.

Após a explosão, Anders se dirigiu à ilha de Utoya, a quarenta quilômetros de Olso. Armado, disse a jovens que estavam em um acampamento que seria responsável pela segurança deles – e logo começou a atirar. Enquanto isto, escutava no seu Ipod a dramática música instrumental Lux Aeterna, de Clint Mansell (composta para o filme Réquiem para um Sonho).

Escute Lux Aeterna, de Clint Mansell (a música começa aos 23 segundos):

O massacre durou mais de uma hora. Dezenas de pessoas morreram imediatamente. Outras, feridas, morreriam depois. Foram quase 70 os mortos na ilha. Muitos dos jovens no acampamento pertenciam à ala jovem do Partido Trabalhista norueguês, e a escolha destas vítimas também parece ter sido intencional. Um sobrevivente disse que Anders gritava que iria matar todos, que todos iriam morrer (o sobrevivente escapou porque se fingiu de morto). Alguns conseguiram fugir nadando, desesperados.

Anders Behring Breivik, loiro, alto e atlético, logo foi detido, sem resistir, e não negou os crimes. Disse inicialmente, segundo seu advogado, que seus atos foram “atrozes, mas necessários”.

Anders não tinha antecedentes criminais e entrou subitamente para a lista dos autores dos maiores assassinatos em massa de todos os tempos.

Talvez Anders tenha sido auxiliado por alguém, no tiroteio. No dia seguinte, um jovem foi preso com uma faca, próximo a um líder do governo que consolava familiares das vítimas.

A pergunta que fica é: o autor do massacre de Oslo é louco ou ativista político extremista? Ou as duas situações são inseparáveis? (Analisando a situação como psiquiatra, tendo a ficar com a seguinte hipótese, por enquanto: Anders está mais para transtornado mental que para um ativista sério. Anders disse que agiu em conjunto com duas outras células – mas a participação de outros não foi confirmada ainda. Pelo contrário, foi negada, em 27/07, pelo serviço de inteligência norueguês – fonte.)

Massacre em Oslo – notícias atuais

2083 - Anders Behring Breivik24/07 – Foi divulgado que Anders é o autor de um longo manifesto, publicado na internet antes dos ataques, assinado pelo codinome Andrew Berwick. Intitulado “2083 – Uma declaração de independência européia”, o manifesto diz que o massacre vinha sendo planejado há dois anos e fala sobre “o uso do terrorismo como um meio de despertar as massas”. O autor assume que será visto como “o maior monstro nazista desde a II Guerra Mundial”.

O Brasil também é citado no manifesto, como um exemplo de que a miscigenação de raças atrapalha o desenvolvimento de um país (saiba mais: aqui).

O manifesto, entretanto, também traz dados da vida cotidiana de Anders. O cristão fervoroso relata que queria, antes de cometer os atentados, beber um bom vinho e sair com duas prostitutas de alto nível…

*

O advogado de Anders disse, dia 26/07, que “tudo indica que ele está louco” (mais informações aqui). Pode ser uma estratégia de defesa? (Não acredito nisto, porque, se o autor do massacre fosse um ativista político lúcido, não iria querer que seu ato fosse visto como atos de um insano, pois isto invalidaria todas as suas ideias. Aliás, se ele fosse realmente lúcido, querendo condenar o Islã, melhor teria sido planejar de maneira que se pensasse que o massacre fosse obra de muçulmanos…)

Entre os comentários mais bizarros sobe o massacre em Oslo, a medalha de ouro vai para o cantor Morrissey, líder da extinta banda The Smiths, hoje artista solo que, em um show, antes de cantar a música Meat is Murder (Carne é Assassinato), disse que o que Anders Behring fez “não é nada comparado com o que faz todo os dias o McDonalds”… ¬¬

O mais emotivo, por outro lado, foi uma carta publicada por um dos sobreviventes do massacre, onde afirma que “Nós não respondemos o mal com o mal, como você faria. Nós combatemos o mal com o bem. E nós ganhamos.” (A íntegra da carta pode ser lida aqui.)

*

08/08/11 – Foi relatado pelos investigadores do massacre que exames de sangue confirmaram que, no dia dos ataques, Anders Behring estava sob efeito de drogas, porém não se divulgou quais seriam as substâncias que ele teria utilizado (fonte).

A intoxicação não explica os fatos, já que foram planejados por um longo período. Porém, o uso crônico de drogas pode (pode!) ter algo a ver com o seu aparente transtorno delirante.

*

A comida que Anders recebe na prisão passa por testes, para evitar que seja envenenado.

O atirador da Noruega disse que colaborará com as investigações sobre a existência de outras células terroristas, desde que suas condições sejam atendidas. Quais são? Coisa-à-toa… O rei da Noruega deve abdicar, todos os governos de esquerda da Europa devem renunciar, Anders deve assumir o comando das Forças Armadas na Noruega e fazer um pronunciamento na televisão… Por aí vai…

Louco? Quem poderia dizer? Os psiquiatras japoneses, apenas, que, segundo Behring, são os únicos capazes de entender a noção de honra…

Ah, Anders também solicitou cigarros… O único pedido que deverá ser atendido…

(Fonte: revista Veja, edição 2229.)

सीरियल KILLER ANTHONY SOWELL É CONDENADO À MORTE



O serial killer Anthony Sowell foi condenado à morte.

Já contamos a sua história aqui no site (veja este post: Anthony Sowell). Relembremos rapidamente: Anthony Sowell, ex-fuzileiro naval, esteve preso por estupro de uma mulher grávida até 2005. Quatro anos depois, uma mulher o acusou novamente. A polícia foi até sua casa e o que encontrou foram corpos de mulheres. Onze. Negras, como ele. Haviam sido estranguladas.

Sowell, no julgamento, alegou arrependimento… O júri não se comoveu.

Na imagem abaixo, uma mulher que conseguiu escapar de Sowell abraça um jurado, após o fim do julgamento.
A Justiça americana não é perfeita, mas é realmente admirável. O caso Anthony Sowell veio à tona há menos de dois anos e já está resolvido. Não há chance alguma de recorrer em liberdade ou de reverter esta sentença. A única chance de Anthony Sowell, agora, é que, na véspera de sua execução, o governador do Estado o perdoe – mesmo assim, passaria o resto da vida preso.

DIVÓRCIO E SEPARAÇÕES CONJUGAIS




O divórcio, quando ocorre, ou quando sua possibilidade se torna real na vida dos casados, é uma das mais importantes crises da vida do adulto.

No casamento, ambos os parceiros mudam ou evoluem com os anos, geralmente em diferentes ritmos, e não necessariamente em direções complementares, podendo surgir a necessidade de separação. Assim, diante de um casamento não satisfatório, começam a surgir inúmeros problemas no convívio e no relacionamento, que chamaremos aqui de desajustes conjugais. Ocorrendo a separação, ambos os ex-parceiros , independente de quem tenha tomado a iniciativa, passam por um período de sofrimento em decorrência da perda da relação, por pior que essa estivesse no período imediatamente anterior ao divórcio.Falaremos aqui em divórcio como sinônimo de separação de corpos e de domicílios, independente do tipo de casamento, seja civil, religioso ou consensual (amigável).


UMA MAIOR ACEITAÇÃO DO DIVORCIO


A maior facilidade legal para o divórcio e a diminuição da influência da religião com dogmas rígidos tornaram a separação um acontecimento mais aceitável, com as pessoas separadas sofrendo menor preconceito que no passado.

Uma mostra disso é o fato de no Brasil desde 1940 até 1990 , segundo o IBGE, o percentual de pessoas divorciadas, na população em geral, aumentou aproximadamente 15 vezes. Outro aspecto que contribuiu foi a busca mais acentuada pelo bem-estar individual, através da maior oferta de prazer (real ou ilusória) na sociedade atual para aqueles que abrem mão da vida a dois.

COMO SE PERPETUAN RELAÇOES DESAJUSTADAS NO CASAMENTO


Em um casamento, quando ocorre um desajuste conjugal, a responsabilidade pelo problema é de ambos os cônjuges, mesmo que aparentemente a situação aponte para um único responsável.

Isso porque ocorre o que pode ser chamado de acordo inconsciente entre os dois no casamento, isto é : um problema que aparentemente é de apenas um dos cônjuges, é, em geral, compartilhado ou até mesmo aceito pelo outro.

Assim, uma pessoa ao se casar ou manter-se casada o faz pelas virtudes do parceiro ou da própria união. Porém, com as virtudes, aparecem as diferenças e até mesmo os problemas.Questões sócio-culturais também são muito importantes na manutenção de casamentos muito desajustados, principalmente em culturas e classes sociais em que a mulher (ou o homem) tem uma educação rígida em relação ao casamento, não tendo uma vida pessoal própria, independente, mesmo profissionalmente, em que o casamento e a maternidade são vistos como meio de vida, muitas vezes por necessidade e não como opção. Além disso, muitos casamentos mantêm-se pela extrema dependência afetiva dos cônjuges um do outro, que faz com que desajustes intensos no casamento sejam tolerados, de modo que a tristeza pela perda do casamento seja intensa ou até insuportável, não permitindo uma separação mesmo que os problemas conjugais sejam vários.

CAUSAS DO DIVORCIO

Da mesma forma que ocorre com o casamento, o divórcio é uma questão única para cada dupla que se separa.

Geralmente a separação é mais comum entre casais que se uniram na adolescência ou entre membros de diferentes níveis sócio-econômicos e culturais. Também pessoas cujos pais eram separados têm maior tendência a resolver um problema conjugal optando pelo divórcio.

Outra experiência provocadora de tensões no casamento é a paternidade, fazendo com que o parceiro sinta menos prazer com o outro após o nascimento de filhos.

A presença de doença nos filhos também gera uma tensão ainda maior, sendo que casamentos em que um dos filhos morre por doença ou acidente têm uma tendência de cerca de 50% em terminarem no divórcio.

DIVORCIO E RELAÇOES EXTRA CONJUGAIS

Na meia idade (40 a 60 anos) 60% dos homens e 40% das mulheres tiveram pelo menos um encontro extraconjugal (segundo dados americanos). A maioria desses acontecimentos é mantida em segredo, mas a sua revelação raramente se transforma em causa suficiente para a separação.

Muitas vezes, contudo, a relação extraconjugal sinaliza insatisfações prévias dentro do casamento, de um ou de ambos os parceiros, e não necessariamente apenas insatisfações sexuais.

MOTIVOS PSICOLOGICOS PARA O DIVORCIO

Inúmeras e praticamente incontáveis podem ser as razões objetivas e práticas de separações. As pessoas que se separam podem atribuir a perda do amor, a presença de um relacionamento extraconjugal, o esfriamento sexual, as brigas constantes, a interferência dos sogros, a falta de dedicação ao casamento, e tantos outros que propiciam um desajuste conjugal.

Porém, da mesma forma que vimos antes em relação aos fatores inconscientes (não percebidos pela pessoa) que são capazes de manter uniões " desajustadas ", também ocorrem fatores psicológicos (inconscientes) da pessoa que agem na hora de optar-se por separações, além dos fatores objetivos, práticos, que se mostram mais evidentes.

Podemos falar nos seguintes fatores psicológicos que determinam as separações:





Escolha do cônjuge:

não é raro que uma escolha insatisfatória tenha uma repercussão através do divórcio somente após anos de casamento. O nascimento de filhos, o surgimento de rotinas, a estabilização da vida sexual, a maior independência dos filhos crescidos, entre outros aspectos comuns do casamento, porém geradores de ansiedade, podem levar a uma reflexão sobre a escolha do cônjuge apenas após anos de vida a dois.


Amadurecimento do casal:

uma segunda causa psicológica para o divórcio seria o amadurecimento desigual do casal. As mudanças naturais que ocorrem em cada pessoa ao longo da vida podem gerar nos parceiros de casamento diferenças que se tornam difíceis de conciliar.


Decadência dos aspectos saudáveis do casamento:

a diminuição do efeito saudável, ou terapêutico, do casamento é algo que muitas vezes determina seu fim. Não é raro que uma pessoa encontre no parceiro alguém que vai poder aliviar sua ansiedade ou angústia diante de alguns de seus problemas pessoais. É importante lembrar que isso, em si, não é algo anormal ou um problema em si. É algo natural das uniões. Porém pode extremar-se ou tornar-se um problema. Mas quando este lado de alívio da ansiedade dentro do casamento é rompido, a união pode acabar.


Mudança psicológica de um dos cônjuges:

muitas vezes o que pode aproximar duas pessoas são seus lados problemáticos, ou conflituosos. Assim, o divórcio pode estar ligado à melhora psicológica de um dos cônjuges, sem ser acompanhado pelo outro.


Surgimento de um problema psicológico em um dos cônjuges:

uma mulher pode ver-se diante de uma forte necessidade de separar-se de um marido que, com o passar dos anos, foi se tornando deprimido e alcoolista. Da mesma forma, um homem pode não mais conseguir manter-se com uma mulher que, diante das inseguranças e sentimentos depressivos do período de climatério (menopausa), começa a ter casos extraconjugais, como forma de reafirmar sua sexualidade e feminilidade, muitas vezes abaladas nesse período.


Ilusões sobre o divórcio:

às vezes pode também ocorrer da pessoa iludir-se a respeito da vida do divorciado (que seria mais prazerosa) e acabar optando pela separação. Portanto, não é tão raro ou estranho que separações retrocedam.

A CRISE DO DIVORCIO

Divórcio é um momento de crise importante na vida da pessoa. Em geral, ocorre uma reação de luto pelo fim da união, por pior que esta estivesse antes da separação. Falamos de luto pela tristeza decorrente da perda do casamento, tristeza que pode iniciar antes mesmo da separação definitiva. A maioria das pessoas relata sentimentos de depressão e angústia intensa, relacionada a dúvidas e mudança constante no humor na época do divórcio (às vezes alegre, eufórico, às vezes triste, outras irritado). Apesar de uma separação poder ocorrer de forma rápida, estudos mostram que o processo de recuperação psicológica da crise do divórcio leva cerca de dois anos para ter uma resolução satisfatória, quando torna-se possível que o ex-cônjuge seja visto de modo neutro (sem raiva ou rancor intensos ou, por outro lado, quando deixa de ser visto como "uma paixão insubstituível e perfeita"), com cada um dos separados aceitando sua nova identidade de pessoa solteira ou descasada.

OS FILHOS DO DIVORCIO

Como ficam as crianças após o divórcio é uma preocupação freqüente dos pais e daqueles que profissionalmente se dedicam a minimizar o efeito do divórcio nos filhos dos separados.

Portanto, conseqüência para as crianças existem, e mais ou menos, de acordo com vários fatores, incluindo a própria resolução favorável da separação para os pais, a idade das crianças e o seu grau de desenvolvimento.

Do ponto de vista da criança, é preciso levar em conta que a separação é um projeto dos pais. Muitas crianças conseguem ser razoavelmente felizes e sentirem-se bem cuidadas em famílias em que um ou ambos os cônjuges sentem-se infelizes.

Poucas crianças demonstram sentirem-se aliviadas com a decisão do divórcio.

Uma repercussão imediata dos filhos ao divórcio é variável de acordo com o desenvolvimento e a idade dos mesmos. As crianças mais novas, pré-escolares, de 3 a 5 anos, podem apresentar uma regressão depois que um dos pais deixa o lar, podendo voltar a urinar na cama, a serem mais solicitantes, demonstrando ter vários medos e a ter alterações no sono. Podem se tornar irritáveis e exigentes.

Crianças de 5 a 8 anos geralmente demonstram uma tristeza aberta pelo divórcio, freqüentemente se refletindo no declínio do rendimento escolar.

Na idade de 8 a 12 anos em geral a criança reage com raiva franca de um ou de ambos os pais, por terem causado a separação. Por vezes demonstram ansiedade, solidão e sentimentos de humilhação por sua própria impotência diante do ocorrido. O desempenho escolar e o relacionamento com colegas podem ter prejuízo nesta fase.

Vimos como as conseqüências do divórcio nas crianças a médio e a longo prazo é muito variável. Já os adolescentes sofrem com o divórcio muitas vezes com depressão, raiva intensa ou com comportamentos rebeldes e desorganizados.

Contudo, como escreveu Judith Wallerstein, uma importante estudiosa de separações conjugais, em " Filhos do Divórcio " : "quando os pais decidem pela separação após pensar bem e considerar cuidadosamente as alternativas, quando previram as conseqüências psicológicas, sociais e econômicas para todos os envolvidos, quando acertaram manter um bom relacionamento entre pais e filhos, então é provável que as crianças não venham a sofrer interferência no desenvolvimento ou desgaste psicológico duradouro. Por outro lado, se o divórcio for realizado de modo a humilhar ou enraivecer um dos parceiros, se o ressentimento e a infelicidade dominarem o relacionamento pós-divórcio, ou se as crianças forem mal amparadas ou informadas, se foram usadas como aliadas, alvo de disputa ou vistas como extensões dos adultos, se o relacionamento da criança com um ou ambos os pais for empobrecido e perturbado e se a criança se sentir rejeitada, o desfecho mais provável para as crianças será a interferência no desenvolvimento, a depressão ou ambos".



DEPRESSÃO



Sinônimos e nomes relacionados:

Transtorno depressivo, depressão maior, depressão unipolar, incluindo ainda tipos diferenciados de depressão, como depressão grave, depressão psicótica, depressão atípica, depressão endógena, melancolia, depressão sazonal.




OQUE É DEPRESSÃO ?

Depressão é uma doença que se caracteriza por afetar o estado de humor da pessoa, deixando-a com um predomínio anormal de tristeza. Todas as pessoas, homens e mulheres, de qualquer faixa etária, podem ser atingidas, porém mulheres são duas vezes mais afetadas que os homens. Em crianças e idosos a doença tem características particulares, sendo a sua ocorrência em ambos os grupos também freqüente.



COMO SE DESENVOLVE A DEPRESSÃO :


Na depressão como doença (transtorno depressivo), nem sempre é possível haver clareza sobre quais acontecimentos da vida levaram a pessoa a ficar deprimida, diferentemente das reações depressivas normais e das reações de ajustamento depressivo, nas quais é possível localizar o evento desencadeador.

As causas de depressão são múltiplas, de maneira que somadas podem iniciar a doença. Deve-se a questões constitucionais da pessoa, com fatores genéticos e neuroquímicos (neurotransmissores cerebrais) somados a fatores ambientais, sociais e psicológicos, como:



Estresse
Estilo de vida
Acontecimentos vitais, tais como crises e separações conjugais, morte na família, climatério, crise da meia-idade, entre outros.


Como se diagnostica a depressão?


Na depressão a intensidade do sofrimento é intensa, durando a maior parte do dia por pelo menos duas semanas, nem sempre sendo possível saber porque a pessoa está assim. O mais importante é saber como a pessoa sente-se, como ela continua organizando a sua vida (trabalho, cuidados domésticos, cuidados pessoais com higiene, alimentação, vestuário) e como ela está se relacionando com outras pessoas, a fim de se diagnosticar a doença e se iniciar um tratamento médico eficaz.

O que sente a pessoa deprimida?


Freqüentemente o indivíduo deprimido sente-se triste e desesperançado, desanimado, abatido ou " na fossa ", com " baixo-astral ". Muitas pessoas com depressão, contudo, negam a existência de tais sentimentos, que podem aparecer de outras maneiras, como por um sentimento de raiva persistente, ataques de ira ou tentativas constantes de culpar os outros, ou mesmo ainda com inúmeras dores pelo corpo, sem outras causas médicas que as justifiquem. Pode ocorrer também uma perda de interesse por atividades que antes eram capazes de dar prazer à pessoa, como atividades recreativas, passatempos, encontros sociais e prática de esportes. Tais eventos deixam de ser agradáveis. Geralmente o sono e a alimentação estão também alterados, podendo haver diminuição do apetite, ou mesmo o oposto, seu aumento, havendo perda ou ganho de peso. Em relação ao sono pode ocorrer insônia, com a pessoa tendo dificuldade para começar a dormir, ou acordando no meio da noite ou mesmo mais cedo que o seu habitual, não conseguindo voltar a dormir. São comuns ainda a sensação de diminuição de energia, cansaço e fadiga, injustificáveis por algum outro problema físico.


Como é o pensamento da pessoa deprimida?


Pensamentos que freqüentemente ocorrem com as pessoas deprimidas são os de se sentirem sem valor, culpando-se em demasia, sentindo-se fracassadas até por acontecimentos do passado. Muitas vezes questões comuns do dia-a-dia deixam os indivíduos com tais pensamentos. Muitas pessoas podem ter ainda dificuldade em pensar, sentindo-se com falhas para concentrar-se ou para tomar decisões antes corriqueiras, sentindo-se incapazes de tomá-las ou exagerando os efeitos "catastróficos" de suas possíveis decisões erradas.



Pensamentos de morte ou tentativas de suicídio


Freqüentemente a depressão pode afetar o dia-a-dia da pessoa. Muitas vezes é difícil iniciar o dia, pelo desânimo e pela tristeza ao acordar. Assim, cuidar das tarefas habituais pode tornar-se um peso: trabalhar, dedicar-se a uma outra pessoa, cuidar de filhos, entre outros afazeres podem tornar-se apenas obrigações penosas, ou mesmo impraticáveis, dependendo da gravidade dos sintomas. Dessa forma, o relacionamento com outras pessoas pode tornar-se prejudicado: dificuldades conjugais podem acentuar-se, inclusive com a diminuição do desejo sexual; desinteresse por amizades e por convívio social podem fazer o indivíduo tender a se isolar, até mesmo dificultando a busca de ajuda médica.

Como se trata a depressão?

A depressão é uma doença reversível, ou seja, há cura completa se tratada adequadamente. O tratamento médico sempre se faz necessário, sendo o tipo de tratamento relacionado ao perfil de cada paciente. Pode haver depressões leves, com poucos aspectos dos problemas mostrados anteriormente e com pouco prejuízo sobre as atividades da vida diária. Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental, mas o tratamento pode ser apenas psicoterápico.

Pode haver também casos de depressões bem mais graves, com maior prejuízo sobre o dia-a-dia do indivíduo, podendo ocorrer também sintomas psicóticos (como delírios e alucinações) e ideação ou tentativas de suicídio. Nessa situação, o tratamento medicamentoso se faz obrigatório, além do acompanhamento psicoterápico.

Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, medicações que não causam “dependência”, são bem toleradas e seguras se prescritas e acompanhadas pelo médico. Em alguns casos faz-se necessário associar outras medicações, que podem variar de acordo com os sintomas apresentados (ansiolíticos, antipsicóticos).

Colaboradoras



TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS NA INFÂNCIA



O pensar, a capacidade de utilizar uma linguagem escrita, falada ou ainda de experimentar sentimentos não nascem com a criança, estando profundamente relacionados a seu desenvolvimento. Desde o nascimento, o bebê vai tendo experiências na relação com a mãe ou com quem o cuida que lhe vão permitindo, de forma rudimentar, classificar "o que é igual ou diferente". Ao cuidar do bebê, a mãe deverá ser capaz de "traduzir", à sua maneira, as necessidades do mesmo. Os gestos ou tipos de cuidados fazem com que o bebê aprenda a discriminar as suas sensações do ambiente externo. Dessa maneira, é de suma importância que o cuidador tolere sensivelmente o desconforto do bebê, administrando os cuidados necessários afetivamente, para que dessa maneira a criança construa uma integrada condição emocional. Existem, entretanto, transtornos psiquiátricos que podem ocorrer no desenvolvimento da criança, os quais examinaremos a seguir e que são:

Transtornos da aprendizagem, transtornos das habilidades motoras e transtornos da comunicação (linguagem)

Os transtornos da aprendizagem referem-se a dificuldades na leitura, na capacidade matemática ou nas habilidades de escrita, medidas por testes padrões que estão substancialmente abaixo do esperado, considerando-se a idade da criança, seu quociente de inteligência (QI ) e grau de escolaridade.

No transtorno das habilidades motoras, o desempenho em atividades diárias que exigem coordenação motora está abaixo do esperado para a idade, como por exemplo atraso para sentar, engatinhar, caminhar, deixar cair coisas, fraco desempenho nos esportes ou caligrafia insatisfatória. Muitas vezes essa criança é vista como desajeitada, tropeçando com freqüência ou inábil para abotoar suas roupas ou amarrar os cadarços do sapato.

Nos transtornos da comunicação a perturbação pode manifestar-se por sintomas que incluem um vocabulário limitado, erros grosseiros na conjugação de verbos, dificuldade para evocar palavras ou produzir frases condizentes com sua idade cronológica. Os problemas de linguagem também podem ser causados por perturbações na capacidade de articular sons ou palavras.

Não é raro a presença de mais de um desses transtornos de aprendizagem em uma mesma criança, muitas vezes estando associados com o transtorno de hiperatividade e déficit de atenção. O tratamento das dificuldades de aprendizagem inclui muitas vezes reforço escolar, tratamento psicopedagógico ou até mesmo encaminhamentos para escolas especiais, dependendo da gravidade do problema. A baixa auto-estima, a repetência escolar e o abandono da escola são complicações comuns nesses transtornos. Assim, a abordagem psicopedagógica e o aconselhamento escolar são cruciais. Pode estar indicada também tanto a psicoterapia individual quanto a de grupo ou familiar, conforme a situação. O tratamento com medicação está indicado apenas em casos comprovadamente associados a transtornos que exijam o uso de remédios, como o TDAH e quadros graves de depressão e fobia escolar.


Transtorno do déficit de atenção-hiperatividade

As crianças com esse transtorno são consideradas, com freqüência, crianças com um temperamento difícil. Elas prestam atenção a vários estímulos, não conseguindo se concentrar em uma tarefa única e, assim, cometendo erros muitas vezes grosseiros. É comum terem dificuldade para manter a atenção, mesmo em atividades lúdicas e com freqüência parecem não escutar quando chamadas. Muitas vezes não conseguem terminar seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais. Têm dificuldade para organizar tarefas, evitando, antipatizando ou relutando em envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante. Costumam perder facilmente objetos de uso pessoal. Esquecem facilmente atividades diárias.

A hiperatividade aparece como uma inquietação, manifesta por agitação de mãos ou pés e não conseguir permanecer parado na cadeira. São crianças que quase sempre saem de seus lugares em momentos não apropriados, correm em demasia, têm dificuldade de permanecer em silêncio, estando freqüentemente "a mil".

Outra característica desse transtorno é a impulsividade, que aparece em respostas precipitadas mesmo antes de as perguntas terem sido completadas. Com freqüência, são crianças que têm dificuldade de aguardar sua vez, interrompendo ou intrometendo-se em assuntos alheios.

O transtorno deve ser diagnosticado e tratado ainda na infância para não causar maiores prejuízos ao desenvolvimento interpessoal e escolar da criança. O tratamento inclui psicoterapia individual e, às vezes, terapia familiar. Quase sempre faz-se necessário o uso de medicação com um resultado muito satisfatório.


Transtornos do Comportamento Disruptivo

Os transtornos da infância diretamente relacionados com o comportamento são os transtornos de oposição e desafio e o transtorno de conduta. São caracterizados por um padrão repetitivo e persistente de comportamento agressivo, desafiador, indo contra as regras de convivência social. Tal comportamento deve ser suficientemente grave, sendo diferente de travessuras infantis ou rebeldia "normal" da adolescência. O Transtorno de oposição e desafio (TOD) tem maior incidência na faixa etária dos 4 aos 12 anos e atinge mais meninos que meninas. Tem como característica um comportamento opositor às normas, discute com adultos, perde o controle, fica aborrecido facilmente e aborrece aos outros.

No Transtorno de Conduta, que é mais comum entre adolescentes do que crianças e é mais comum também entre meninos, o padrão disfuncional de comportamento é mais grave que no Transtorno de oposição e desafio. Eles freqüentemente agridem pessoas e animais, envolvem-se em brigas, em destruição de propriedade alheia, furtos ou ainda agressão sexual. Sérias violações de regras, como fugir de casa, não comparecimento sistemático à aula e enfrentamento desafiador e hostil com os pais também são sinais da doença. Esse transtorno está freqüentemente associado à ambientes psicossociais adversos, tais como: instabilidade familiar, abuso físico ou sexual, violência familiar, alcoolismo e sinais de severa perturbação dos pais.

A comorbidade desses transtornos com o abuso de substâncias e TDAH chega a quase 50%. O tratamento dos transtornos de oposição e de conduta envolve principalmente psicoterapia individual e familiar, e às vezes reclusão em unidades corretivas. O tratamento das comorbidades é fundamental e pode necessitar de medicação (nos casos de TDAH) ou até internação (em quadros graves de dependência química).

Transtornos Depressivos na Infância

O reconhecimento de transtornos depressivos na infância ocorreu no final da década de 60. Surgiram então três conceitos:

sintomas depressivos análogos aos dos adultos não existem;
a depressão manifesta-se por sintomas específicos nessa faixa etária;
a sintomatologia depressiva surge mascarada por outros sintomas ou síndromes,

tais como hiperatividade, enurese, encoprese, déficit de aprendizagem e transtorno de conduta.

Transtornos depressivos ocorrem tanto em meninos quanto em meninas. Os sintomas de depressão podem ser : isolamento, calma excessiva, agitação, condutas auto e hetero-agressivas, intensa busca afetiva, alternando atitudes prestativas com recusas de relacionamento. A socialização está geralmente perturbada: pode haver recusa em brincar com outras crianças e dificuldade para aquisição de habilidades. As queixas somáticas são freqüentes: dificuldade do sono (despertar noturno, sonolência diurna), alteração do padrão alimentar. Queixas de falta de ar, dores de cabeça e no estômago, problemas intestinais e suor frio também são freqüentes.

A criança deprimida apresenta incapacidade para divertir-se, algumas vezes queixando-se de estar aborrecida. Assistem muita televisão não se importando qual seja o programa. A baixa auto-estima e a culpa excessiva, além da diminuição do rendimento escolar são característicos da depressão. Apresentam também muita irritabilidade, sendo descritas pelos pais como mal humoradas.

Os transtornos depressivos da infância podem ser classificados em duas formas bem distintas. A primeira delas, a distimia que, etmológicamente significa "mal-humorado", é uma forma crônica de depressão com início insidioso, podendo durar toda a vida da pessoa. Para firmar este diagnóstico é preciso que o humor seja depressivo ou irritável e esteja presente quase todos os dias por pelo menos um ano.

A outra forma de depressão, transtorno depressivo maior é caracterizada por períodos ou crises apresentando uma síndrome depressiva completa (todos os sintomas descritos anteriormente) por pelo menos duas semanas, causando importantes prejuízos na vida da criança. Podem estar presentes alucinações, ideação ou condutas suicidas. Essa crise é nitidamente diferente do funcionamento habitual da criança.

Os transtornos depressivos são bastante tratáveis hoje em dia, obtendo-se bons resultados. Pais que desconfiem que um filho sofra desse mal devem levá-lo a um psiquiatra ou serviço de psiquiatria para uma avaliação. O tratamento utiliza medicações antidepressivas e acompanhamento psicológico. Internações são necessárias em duas situações: quando o paciente fica psicótico (fora da realidade), o que é raro, ou quando existe risco de suicídio.

Transtornos Globais do Desenvolvimento (Autismo Infantil)

Esse grupo de transtornos é caracterizado por severas anormalidades nas interações sociais recíprocas, nos padrões de comunicação estereotipados e repetitivos, além de um estreitamento nos interesses e atividades da criança. Costumam se manifestar nos primeiros cinco anos de vida . Existem várias formas de apresentação dos transtornos globais, não havendo até o presente momento um consenso quanto à forma de classificá-los.

A forma mais conhecida é o Autismo Infantil, definido por um desenvolvimento anormal que se manifesta antes dos três anos de vida, não havendo em geral um período prévio de desenvolvimento inequivocamente normal. As crianças com transtorno autista podem ter alto ou baixo nível de funcionamento, dependendo do QI, da capacidade de comunicação e do grau de severidade nos seguintes itens:

prejuízo acentuado no contato visual direto, na expressão facial, posturas corporais e outros gestos necessários para comunicar-se com outras pessoas.
fracasso para desenvolver relacionamentos com outras crianças, ou até mesmo com seus pais.
falta de tentativa espontânea de compartilhar prazer, interesses ou realizações com outras pessoas (por exemplo: não mostrar, trazer ou apontar objetos de interesse ).
atraso ou ausência total da fala ( não acompanhado por uma tentativa para compensar através de modos alternativos de comunicação, tais como gestos ou mímicas ).
em crianças com fala adequada, acentuado prejuízo na capacidade de iniciar ou manter uma conversa.
uso repetitivo de mesmas palavras ou sons.
ausência de jogos ou brincadeiras variadas de acordo com a idade.
a criança parece adotar uma rotina ou ritual específico em seu ambiente, com extrema dificuldade e sofrimento quando tem que abrir mão da mesma.
movimentos repetitivos ou complexos do corpo.
preocupação persistente com partes de objetos.

Outras formas de transtornos globais do desenvolvimento são:

Autismo atípico,
Síndrome de Rett,
Transtorno desintegrativo da infância,
Síndrome de Asperger.

O tratamento do transtorno autista visa principalmente uma educação especial com estimulação precoce da criança. A terapia de apoio familiar é muito importante: os pais devem saber que a doença não resulta de uma criação incorreta e necessitam de orientações para aprenderem a lidar com a criança e seus irmãos. Muitas vezes se faz necessário o uso de medicações para controlar comportamentos não apropriados e agressivos. O prognóstico destes transtornos é muito reservado e costumam deixar importantes seqüelas ou falhas no desenvolvimento dessas pessoas na idade adulta.

Transtornos de Tique

A manifestação predominante nessas síndromes é alguma forma de tique. Um tique é uma produção vocal ou movimento motor involuntário, rápido, recorrente (repetido) e não rítmico (usualmente envolvendo grupos musculares circunscritos), sem propósito aparente e que tem um início súbito. Os tiques motores e vocais podem ser simples ou complexos. Os tiques simples em geral são os primeiros a aparecer. Podem ser:

tiques motores simples: piscar os olhos, balançar a cabeça, fazer caretas.
tiques vocais simples: tossir, pigarrear, fungar.
tiques motores complexos: bater-se, saltar.
tique vocal complexo: coprolalia (uso de termos chulos), palilalia (repetição das próprias palavras), ecolalia (repetição de palavras alheias).

O tratamento requer medicação e psicoterapia, principalmente para diminuir o isolamento social que comumente ocorre nesse transtorno.

Transtornos da Excreção

Esse transtorno inclui a enurese e a encoprese . A enurese é caracterizada por eliminação de urina de dia e/ou a noite, a qual é anormal em relação à idade da criança e não decorrente de nenhuma patologia orgânica. A enurese pode estar presente desde o nascimento ou pode surgir seguindo-se a um período de controle vesical adquirido. A enurese não costuma ser diagnosticada antes da criança completar cinco anos de idade e requer, para ser caracterizada, uma freqüência de duas vezes por semana, por pelo menos três meses.

A encoprese é a evacuação repetida de fezes em locais inadequados (roupas ou chão), involuntária ou intencional. Para se fazer o diagnóstico é preciso que esse sintoma ocorra pelo menos uma vez por mês, por no mínimo três meses em crianças com mais de quatro anos. Ambas patologias podem ocorrer pelo nascimento de um irmão, separação dos pais ou outro evento que possa traumatizar a criança. A encoprese deliberada pode significar grave comprometimento emocional. Ambas podem durar anos, mas acabam evoluindo para uma remissão espontânea. Esses transtornos comumente geram intenso sofrimento na criança, levando a uma estigmatização, com conseqüente baixa da auto-estima. Geram também isolamento social e perturbações no ambiente e nas relações familiares.

O tratamento abrange psicoterapia e utilização de medicamentos.

Transtornos de Ansiedade na Infância

A ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo e apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivados de uma antecipação de perigos. As crianças em geral não reconhecem quando seus medos são exagerados ou irracionais. Uma maneira prática de diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, auto limitada e relacionada ao estímulo do momento. Os sintomas de ansiedade podem ocorrer em varias outras condições psiquiátricas tais como: depressões, psicoses, transtornos do desenvolvimento, transtorno hipercinético, entre outros. A causa dos transtornos ansiosos infantís é muitas vezes desconhecida e provavelmente multifatorial, incluindo fatores hereditários e ambientais diversos, com o peso relativo de cada fator variando de caso a caso.

Transtorno da Ansiedade de Separação

Esse é o mais comum dos transtornos de ansiedade, acometendo 4% das crianças. Caracteriza-se por uma ansiedade não apropriada e excessiva em relação à separação do lar (pais) ou de figuras importantes cuidadoras para a criança, inadequada para a fase do desenvolvimento da criança. Essas crianças, quando ficam sozinhas, temem que algo possa acontecer para elas ou para seus cuidadores (acidentes, seqüestro, assaltos, ou doenças) que os afastem definitivamente de si. Demonstram um comportamento excessivo de apego aos seus cuidadores, não permitindo o afastamento desses ou telefonando repetidamente para eles afim de tranqüilizar-se sobre seus temores. É comum nessas crianças a ocorrência de recusa escolar. Se a criança sabe que seus pais vão se ausentar apresenta manifestações somáticas de ansiedade (dor abdominal, dor de cabeça, náusea, vômitos, palpitações, tonturas e sensação de desmaio). Em muitos casos de crianças afetadas os pais foram ou são portadores de algum transtorno de ansiedade.

A perturbação tem uma duração mínima de quatro semanas e causa sofrimento significativo no funcionamento da vida da criança.

O tratamento requer psicoterapia individual com orientação familiar e intervenções farmacológicas quando os sintomas são graves e incapacitantes. Quando há recusa escolar, o retorno às aulas deve ser o mais rápido possível para evitar cronicidade e evasão. É muito importante haver uma sintonia entre pais, escola e terapeuta.

Fobias específicas e Fobia social

As fobias específicas são definidas pela presença de medo excessivo e persistente, relacionado a um determinado objeto ou situação. Exposta ao estímulo fóbico, a criança procura correr para perto de um dos pais ou de alguém que a faça sentir-se protegida. Pode apresentar crises de choro, desespero, imobilidade, agitação psicomotora ou até mesmo ataque de pânico. Os medo mais comuns na infância são de pequenos animais, injeções, escuridão, altura e ruídos intensos. Essas fobias diferenciam-se dos medos normais da infância por serem reações excessivas, não adaptativas e que fogem do controle da criança.

Na fobia social a criança apresenta um medo persistente e intenso de situações onde julga estar exposta à avaliação de outros , tendendo a sentir-se envergonhada ou humilhada. Essas crianças relatam desconforto em situações como :

falar em sala de aula,
comer junto a outras crianças,
ir a festas,
escrever na frente de outros colegas,
usar banheiros públicos.

Quando expostas a essas situações é comum apresentarem sintomas físicos como palpitações, tremores, calafrios, calores, sudorese e náusea.

O tratamento mais utilizado para essas fobias tem sido a psicoterapia cognitivo-comportamental.

TRANSTORNO OBSESSIVO-COMPULSIVO


OQUE É ?

É uma doença em que o indivíduo apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de idéias e/ou comportamentos que podem parecer absurdos ou ridículos para a própria pessoa e para os outros e mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes. A pessoa é dominada por pensamentos desagradáveis de natureza sexual, religiosa, agressiva entre outros, que são difíceis de afastar de sua mente, parecem sem sentido e são aliviados temporariamente por determinados comportamentos.

As obsessões são pensamentos recorrentes caracterizados por serem desagradáveis, repulsivos e contrários à índole do paciente. Tais pensamentos não são controláveis pelos próprios pacientes e causam significativa perda de tempo, sofrimento pessoal e queda no rendimento em atividades. Há perda do controle sobre os pensamentos, e às vezes ocorrem atitudes ou comportamentos que visam neutralizar a ansiedade causada por tais pensamentos. Assim, compulsões podem ocorrer secundariamente às obsessões.

As compulsões são comportamentos, gestos, rituais ou atitudes muitas vezes iguais e repetitivas, conscientes e quase sempre incontroláveis. Os pacientes mantêm a crítica sobre suas atitudes, percebem o fato como absurdo e não sabem ou não entendem o que está acontecendo. Têm medo de ficar loucos e sentem vergonha de contar a outras pessoas, ou até mesmo a um médico o que está acontecendo.

Acomete 2 a 3% da população geral. A idade média de início costuma ser por volta dos 20 anos, porém pode ter início ainda na infância, e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior e Fobia Social são doenças que podem acometer os pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida.

OQUE SE SENTE ?

Freqüentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de amigos e familiares essas idéias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro psiquiátrico tratável e cada vez mais responsivo à medicamentos específicos e à psicoterapia. As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste a realizacão de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade. A pessoa percebe que a obsessão é irracional e a reconhece como um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. Pode ser um problema incapacitante porque as obsessões podem consumir tempo (muitas horas do dia) e interferirem significativamente na rotina normal do indivíduo, no seu trabalho, em atividades sociais ou relacionamentos com amigos e familiares. Algumas vezes os sintomas obsessivos, dependendo da severidade, podem se confundir com sintomas psicóticos e delirantes, ou estarem associados a eles, o que torna o tratamento ainda mais difícil.

Como se faz o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, ou seja, baseado nos sintomas do paciente. Nenhum exame laboratorial ou de imagem é utilizado para o diagnóstico.

COMO SE TRATA??

O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. Em linhas gerais, contudo, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico (antidepressivos) em doses bem elevadas. Em casos resistentes às terapias convencionais e naqueles em que há a concomitância com sintomas delirantes, a associação com medicações antipsicóticas pode ser feita com melhor resposta.

TRANSTORNO DE PÂNICO




O QUE É ?

O Transtorno de Pânico se caracteriza pela ocorrência espontânea de ataques de pânico. Os ataques de pânico duram quase sempre menos de uma hora com intensa ansiedade ou medo, junto com sintomas como palpitações, respiração ofegante e até mesmo medo de morrer. A pessoa pode ter múltiplos ataques durante um único dia até, apenas, alguns ataques durante um ano. Estes ataques podem ocorrer acompanhados por agorafobia, que é o medo de estar sozinho em locais públicos, especialmente, locais de onde uma rápida saída seria difícil em caso de ocorrer um ataque de pânico.

OQUE SE SENTE ?

O primeiro ataque de pânico muitas vezes é completamente espontâneo, embora os ataques de pânico, em geral, ocorram após excitação, esforço físico, atividade sexual ou trauma emocional. O ataque freqüentemente começa com um período de 10 minutos de sintomas que aumentam rapidamente. Pode se sentir extremo medo e uma sensação de morte e catástrofe iminente. As pessoas, em geral, são incapazes de indicar a fonte de seus medos. Pode haver dificuldade de concentração, confusão, aceleração do coração, palpitações, falta de ar, dificuldade para falar e um enorme medo de morrer. O ataque dura de 20 a 30 minutos, raramente mais de uma hora.

Como se faz o diagnóstico?

O médico diagnostica o transtorno de pânico através do relato contado pelo paciente, procurando diferenciar de outras doenças físicas ou psicológicas. Muitas vezes a pessoa procura ajuda quando nota que não está mais conseguindo sair sozinha de casa por medo que ocorra um ataque de pânico.


COMO SE TRATA ?

A pessoa deve procurar um médico que provavelmente irá associar um modelo de psicoterapia com uma medicação. Os sintomas melhoram dramaticamente nas primeiras semanas de tratamento. Atualmente os medicamentos mais empregados são os antidepressivos. Os sintomas melhoram consideravelmente nas primeiras semanas de tratamento.



SÍNDROME DE TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL


Também conhecida por TPM, é um conjunto de sintomas físicos e comportamentais que ocorrem na segunda metade do ciclo menstrual podendo ser tão severos que interfiram significativamente na vida da mulher.

A TPM é uma desordem neuropsicoendócrina com sintomas que afetam a mulher na esfera biológica, psicológica e social.

A tendência hoje é acreditar que a função fisiológica do ovário seja o gatilho que dispara os sintomas da síndrome alterando a atividade da serotonina (neurotransmissor) em nível de sistema nervoso central.

O tratamento depende da severidade dos sintomas e incluem modificações alimentares, comportamentais e tratamentos medicamentosos.

OS SINTOMAS MAIS COMUNS INCLUEM :

Por ordem de freqüência: DESCONFORTO ABDOMINAL, MASTALGIA CEFALÉIA, FADIGA, IRRITABILIDADE, TENSÃO, HUMOR DEPRIMIDO, HUMOR LÁBIL, AUMENTO DO APETITE, ESQUECIMENTO E DIFICULDADE DE CONCENTRAÇÃO, ACNE, HIPERSENSIBILIDADE AOS ESTÍMULOS, RAIVA, CHORO FÁCIL, CALORÕES, PALPITAÇÕES e TONTURAS.

Irritabilidade (nervosismo),
Ansiedade (alteração do humor com sentimentos de hostilidade e raiva),
Depressão (com sensação de desvalia, distúrbio do sono, dificuldade de concentração)
Cefaléia (dor de cabeça),
Mastalgia (dor ou aumento da sensibilidade das mamas),
Retenção de líquidos (inchaço ou dor nas pernas),
Cansaço,
Desejos por alguns alimentos como chocolates, doces e comidas salgadas.

Deve ser realizado um controle objetivo do ciclo menstrual (através de um diário) pelo período mínimo de dois ciclos. Devem ser excluídos outros transtornos como hiper ou hipotireoidismo, perimenopausa, enxaqueca, fadiga crônica, síndrome do intestino irritável ou exacerbação pré-menstrual de doenças psiquátricas; depressão, que pode se intensificar nesse período (magnificação pré- menstrual).

História, exame físico cuidadoso, avaliação endócrina ginecológica quando o ciclo menstrual é irregular, perfil bioquímico, hemograma e TSH para excluir condições médicas que podem apresentar sintomas que simulem uma TPM. Importante fazer o diagnóstico diferencial com a condição psiquiátrica: distúbio disfórico pré-menstrual.

O tratamento medicamentoso inclui o manejo específico de cada sintoma e deve ser individualizado. A maioria dos tratamentos medicamentosos propostos não se mostraram mais eficazes do que tratamentos placebo (progesterona, espironolactona, óleo de prímula e vitaminas B6 e E, ingestão de cálcio e magnésio). A fluoxetina, foi a única droga que mostrou eficácia, entretanto foi aprovada pelo FDA apenas para PMDD (Forma mais severa de TPM, com prevalência dos sintomas de raiva, irritabilidade e tensão). Na Europa esta droga não é aprovada na Europa para uso nem mesmo em PMDD.

Medidas preventivas são igualmente importantes e incluem:

O que eu sinto naqueles dias antes do período menstrual são "coisas da minha cabeça"?

Os sintomas desagradáveis que surgem antes da menstruação podem ser considerados uma doença?

Existe tratamento para a Síndrome de Tensão Pré-Menstrual?

Qual o critério para determinar a gravidade da TPM?

Quando a TPM é caracterizada como desordem disfórica pré-menstrual?

Quando é necessário acompanhamento psiquiátrico para TPM?

Fazer exercícios físicos e de relaxamento ajudam no tratamento da TPM?

Quais os alimentos mais indicados para estes dias?

Deve usar vitaminas ou suplementos alimentares para ajudar na melhora dos sintomas?

Devo suspender o uso de álcool e cigarros?

TRANSTORNOS DE PERSONALIDADE

Personalidade é definida pela totalidade dos traços emocionais e de comportamento de um indivíduo (caráter). Pode-se dizer que é o "jeitão" de ser da pessoa, o modo de sentir as emoções ou o "jeitão" de agir.

Um transtorno de personalidade aparece quando esses traços são muito inflexíveis e mal-ajustados, ou seja, prejudicam a adaptação do indivíduo às situações que enfrenta, causando a ele próprio, ou mais comumente aos que lhe estão próximos, sofrimento e incomodação. Geralmente esses indivíduos são pouco motivados para tratamento, uma vez que os traços de caráter pouco geram sofrimento para si mesmos, mas perturbam suas relações com outras pessoas, fazendo com que amigos e familiares aconselhem o tratamento. Geralmente aparecem no início da idade adulta e são cronificantes (permanecem pela vida toda) se não tratados.

As causas destes transtornos geralmente são múltiplas, mas relacionadas com as vivências infantis e as da adolescência do indivíduo.

O tratamento desses transtornos é bastante difícil e igualmente demorado, pois em se tratando de mudanças de caráter, o indivíduo terá de mudar o seu próprio "jeito de ser" para que o tratamento seja efetivo.

Existem muitos tipos desses transtornos, como se vê a seguir:
Transtorno de Personalidade Paranóide:
Indivíduos desconfiados, que se sentem enganados pelos outros, com dúvidas a respeito da lealdade dos outros, interpretando ações ou observações dos outros como ameaçadoras. São rancorosos e percebem ataques a seu caráter ou reputação, muitas vezes ciumentos e com desconfianças infundadas sobre a fidelidade dos seus parceiros e amigos.
Transtorno de Personalidade Esquizóide:
Indivíduos distanciados das relações sociais, que não desejam ou não gostam de relacionamentos íntimos, realizando atividades solitárias, de preferência. Pouco ou nenhum interesse em relações sexuais com outra pessoa, e pouco ou nenhum prazer em suas atividades. Não têm amigos íntimos ou confidentes, não se importam com elogios ou críticas, sendo frios emocionalmente e distantes.
Transtorno de Personalidade Esquizotípica:
Indivíduos excêntricos e estranhos, que têm crenças bizarras, com experiências de ilusões e pensamento e discurso extravagante. Falta de amigos e muita ansiedade no convívio social.
Transtorno de Personalidade Borderline:
Indivíduos instáveis em suas emoções e muito impulsivos, com esforços incríveis para evitar abandono (até tentativas de suicídio). Têm rompantes de raiva inadequada. As pessoas a sua volta são consideradas ótimas, mas frente a recusas tornam-se péssimas rapidamente, sendo desconsideradas as qualidades anteriormente valorizadas. Costumam apresentar uma hiper reatividade afetiva, em que as situações boas são ótimas ou excelentes, e as ruins ou desfavoráveis são péssimas ou catastróficas.
Transtorno de Personalidade Narcisista:
Indivíduos que se julgam grandiosos, com necessidade de admiração e que desprezam os outros, acreditando serem especiais e explorando os outros em suas relações sociais, tornando-se arrogantes. Gostam de falar de si mesmos, ressaltando sempre suas qualidades e por vezes contando vantagens de situações. Não se importam com o sofrimento que causam nas outras pessoas e muitas vezes precisam rebaixar e humilhar os outros para que se sintam melhor.
Transtorno de Personalidade Anti-social:
Indivíduos que desrespeitam e violam os direitos dos outros, não se conformando com normas. Mentirosos, enganadores e impulsivos, sempre procurando obter vantagens sobre os outros. São irritados, irresponsáveis e com total ausência de remorsos, mesmo que digam que têm, mais uma vez tentando levar vantagens. Podem estabelecer relacionamentos afetivos superficiais, mas não são capazes de manter vínculos mais profundos e duradouros.
Transtorno de Personalidade Histriônica:
Indivíduos facilmente emocionáveis, sempre em busca de atenção, sentindo-se mal quando não são o centro das atenções. São sedutores, com mudanças rápidas das emoções. Tentam impressionar aos outros, fazendo uso de dramatizações, e tendem a interpretar os relacionamentos como mais íntimos do que realmente são.
Transtorno de Personalidade Obsessivo-Compulsiva:
Indivíduos preocupados com organização, perfeccionismo e controle, sempre atento a detalhes, listas, regras, ordem e horários. Dedicação excessiva ao trabalho, dão pouca importância ao lazer. Teimosos, não jogam nada fora ("pão-duro") e não conseguem deixar tarefas para outras pessoas.
Transtorno de Personalidade Esquiva:
Indivíduos tímidos (exageradamente), muito sensíveis a críticas, evitando atividades sociais ou relacionamentos com outros, reservados e preocupados com críticas e rejeição. Geralmente não se envolvem em novas atividades, vendo a si mesmos como inadequados ou sem atrativos e capacidades.
Transtorno de Personalidade Dependente:
Indivíduos que têm necessidade de serem cuidados, submissos, sempre com medo de separações. Têm dificuldades para tomar decisões, necessitam que os outros assumam a responsabilidade de seus atos, não discordam, não iniciam projetos. Sentem-se muito mal quando sozinhos, evitando isso a todo custo.

O tratamento desses transtornos baseia-se na Psicoterapia (de orientação analítica ou comportamental na maioria dos casos) e Psicanálise. Algumas vezes deve-se também tratar outros transtornos que se desenvolvem juntamente com esses, e na maioria das vezes, por causa desses. Aparece comumente depressão e ansiedade associados a esses transtornos. A procura pelo atendimento é geralmente estimulada pelos amigos e familiares, que são muito mais incomodados pelo transtorno que o próprio indivíduo. Não se pode esquecer que muitas dessas características fazem parte dos traços normais de muitos indivíduos, e somente quando esses traços são muito rígidos e não adaptativos é que constituem um transtorno.


ATENÇÃO

atenção

Você sabe relaxar ?


Relaxar...


Uma habilidade vital para quem quer ter bem-estar.


Estudar é bom. Trabalhar é bom. Se divertir é bom.


Mas relaxar, no meu entender, é algo bom que é diferente dos três anteriores.
Quando estamos relaxando não estamos realizando nenhuma tarefa de custo alto de resposta, portanto não há desgaste, por isso se diz normalmente de alguém que relaxa: "Ele não está fazendo nada" ou "Ele está apenas descansado". (Na pior das hipóteses, ficar assim muito tempo leva ao tédio, mas pra isso há os estudos, o trabalho e a diversão).


Porém "relaxar" não é "Fazer nada". É agir de determinada forma, visando algo. É uma habilidade (portanto, que deve ser treinada!), um comportamento operante (emitido visando alterar nosso contexto de modo a nos alterar, para melhor).


Se achar mais poético, você pode pensar no Relaxar não como um operante ou uma habilidade, mas como uma forma de Arte... ;-)


Um esporte pode ser relaxante, mas quase sempre ele leva a algum nível de ansiedade, stress. Ler pode ser relaxante, mas envolve empenho, foco, o que pode levar ao desgaste. Trabalhar pode nos ajudar a "desanuviar a cabeça" mas isso é distrair, e não relaxar.


Relaxar é algo distinto de estudar, trabalhar e de se divertir!


Há inúmeras vias para chegar a um estado de relaxamento (Nem perderei tempo dizendo algumas, pois isso depende de cada um).


No relaxamento, você respira diferente. Seu corpo elimina tensões e focos de stress e ansiedade. Você se conecta novamente consigo mesmo, pára para pensar e, quem sabe, para não pensar...


O que você costuma fazer para relaxar?


Tem dado certo?

Stress Pós-Traumático


Há 2 dias eu quase fui assaltado. Estava andando sozinho na rua, a noite e dois sujeitos me abordaram, perguntando para onde eu estava indo, u um deles tentou me segurar (esquivei fácil). Depois de manter-me calmo, falei qualquer coisa e saí caminhando normalmente. Me seguiram por dois quarteirões, mas logo desistiram quando entrei numa rua movimentada. ("Manter-se calmo em situações de risco" é uma habilidade que veio dos meus treinos de Arte Marcial)
Algumas pessoas experimentam, contudo, sensações de grande mal-estar meses, e até anos depois de um ter sido vítima da violência urbana.


Os psiquiatras chamam isso de stress pós-traumático. Podemos defini-lo como um condicionamento fortíssimo a respostas físicas e emocionais de stress, derivado de apenas um episódio aversivo. Condicionamento esse que atrela respondentes emocionais (ansiedade, medo, tristeza, etc) e motores (desmaio, hiperatividade, aumento dos batimentos cardíacos, etc).

Com o tempo, as pessoas que se encontram nesse estado vão dessensibilizando espontâneamente, ao ver que o elemento aversivo se foi, de fato. Ou é possível que o condicionamento persista, generalizando para outros campos de sua vida, o que geraria os chamados "transtornos de humor" (especialmente a depressão).

Se a recuperação espontânea não ocorrer, dessensibilizar por terpia pode ser uma solução, ou fazer contracondicionamento, ou qualquer outro procedimento adequado ao caso.


Seja como for, se alguém que você conhece, ou você mesmo, passou por um episódio traumático (para usar termo médico) que deixou efeitos duradouros de mal-estar físico e emocional, então não fique achando que é "frescura" ou "isso passa logo logo".


Procure alguém para falar disso. Ajuda é sempre bem-vinda!



Liguei pra polícia quando cheguei em casa para denunciar, claro.


Porém hoje passei pelo mesmo lugar, de dia, e cheio de gente. Senti uma pontada no peito, uma apreensão, mesmo sabendo racionalmente que não havia chance da situação se repetir.

Creio que foi um evento aversivo forte o bastante, o tal quase-assalto, que bastou apenas um para gerar uma forte associação daquele lugar a sentimentos de mal-estar, que revivi hoje.


Mas foi leve, nada demais.

24 de ago. de 2011

अ TELEVISÃO


A televisão mostra o que acontece?
Em nossos países, a televisão mostra o que ela quer que aconteça; e nada acontece se a televisão não mostrar. A televisão, essa última luz que te salva da solidão e da noite, é a realidade. Porque a vida é um espetáculo: para os que se comportam bem, o sistema promete uma boa poltrona.

Pascal Bruckner in O Paradoxo amoroso


O amor é uma aventura de que não queremos nos privar, mas com a condição de que ele não nos prive de nenhuma outra. Em suma, como crianças grandes, queremos tudo e o contrário de tudo: continuar unidos sem nos ligar a ninguém, o que a tecnologia favorece. O telefone é, assim, o marido/mulher dos solteiros, permitindo-lhes estar com todos sem precisar estar ao lado de ninguém. Os meios de romper a solidão, a Internet, os celulares são, em princípio, um meio de confirmá-la, uma vez que a tornam tolerável.

Anônimo, escrito numa placa mesopotâmica, há cerca de 4000 anos.


O adolescente considera tudo o que é mais antigo do que ele como arcaico e obsoleto. Ao passo que tudo seu é novo, algo que sem dúvida dará certo. Essa praga só pensa em sexo e contestação.

Sócrates, filósofo grego (470 a.C. – 399 a.C.)


Os jovens de hoje rebelam-se contra a autoridade e não respeitam os mais velhos. Contradizem seus pais, cruzam as pernas e tiranizam seus mestres.

23 de ago. de 2011

"Coerção e suas Implicações" (parte 6 de 8)


Na parte 5 desta série falei sobre fuga e esquiva.


Agora é a vez de falar do conteúdo do capítulo 10 do livro, "Entre a Cruz e a Caldeirinha", onde Sidman expande um efeito emocional comum tanto da fuga quanto da esquiva: a ansiedade.


Em um ambiente onde predomina o controle coercitivo as pessoas vivem ansiosas, o que significa que elas suas ações são controladas por estímulos pré-aversivos, o que resulta em comportamentos estereotipados de fuga e esquiva, além de respondentes emocionais de desconforto (emoções nocivas) que podem se tornar todo tipo de "doença mental" (de depressão até psicose, passando pelos transtornos de ansiedade).

Tomemos por exemplo uma empresa onde um chefe só sabe gritar com os funcionários, humilhando-os regularmente.


É bem provável que quem aguentar esse ambiente irá fazer o que ele manda, mas a um custo alto: os funcionários viverão ansiosos. Isso implica que alguns comportamentos podem ser aumentados (como fumar, beber, chorar, etc) e outros, diminuídos (como dar opiniões, sorrir, fazer amizade no trabalho, etc).

Em um ambiente onde as ordens são dadas de forma
coercitiva elas até podem ser obedecidas, mas a
um custo muito alto para todos (inclusive para o chefe).




A presença do chefe coercitivo é um estímulo pré-aversivo para os punidos. O que o chefe quer, a eficácia, até pode ser alcançado, mas provavelmente não por muito tempo: logo essas pessoas ficarão doentes ou pedirão demissão.


Ser um punidor, neste caso, funciona como uma armadilha de reforço: dá certo no curto prazo, mas só gera problemas no longo.


Sidman prossegue o capítulo respondendo a seguinte questão: "O que reforça o punir?"


A pessoa que pune está em um papel de destaque, de controle, no ato da punição. Isso por si só já é reforçador: "Eu mando aqui". Uma vez que ela pune está livre de ser punida, da ansiedade decorrente. Logo o primeiro reforçador para o punidor é um reforço negativo: "Se eu for mau com os outros, evitarei que sejam maus comigo". (Feliz ou infelizmente para o punidor, seu raciocínio está errado pois os punidos tendem a se rebelar, em atos de contracontrole, como veremos na parte 7 desta série).


Um segundo reforçador para o comportamento de punir é o fato de que ao fazer isso, a pessoa costuma ser atendida (receber atenção, que é um reforço generalizado) e até mesmo ter suas ordens cumpridas.

O sadismo é oriundo de um reforço positivo:
"Me sinto bem ao punir os outros
pois minha vontade é cumprida"




Logo, ele associa o punir com o ser obedecido, i.e., com a confortável posição de poder, controle. Ou seja, punir passa a ser reforçado positivamente ("Se eu punir, serei recompensado").


Esse raciocínio, contudo, também é falho, pois pode funcionar a curto prazo. A médio e longo prazo, leva à ruina do punidor na primeira oportunidade que os punidos tiverem de contracontrole.


A relação social que nasce desse vínculo pode ser chamada de sádica. Curiosamente, por conta da ansiedade coletiva já explicada anteriormente, algumas pessoas podem se sentir bem em ser punidas (podem achar que merecem ou o ato coercitivo pode liberá-las da ansiedade, paradoxalmente).


Instaura-se nesse caso um vínculo masoquista: "Mereço ser punido. Preciso ser punido".

Por condicionamento, algumas pessoas parecem só
saber se relacionar em vínculos sado-masoquista,
o que as condena aos males da ansiedade crônica


Pense em uma família onde a esposa grita com o marido na frente dos filhos todos os dias. No dia que ela não grita com ele, ele sente falta. "Alguma coisa está errada", e com esse pensamento ele passa a provocá-la para que ela grite com ele!


Como deu para perceber, ambientes de cultura coercitiva geram relações interpessoais bizarras... As pessoas, cronicamente ansiosas, fazem todo tipo de esquisitice, desde "maltratar porque ama" até "pedir para sofrer".


Na parte 7 falarei sobre um efeito diferente da coerção, além da ansiedade que torna as pessoas passivas: o contracontrole, que pode transformar os punidos em agressores!





preconceito

Allport foi um dos precursores da Psicologia Social. Dentre diversos trabalhos, ele desenvolveu estudos sobre como funciona o preconceito na sociedade.

Neste post destaco um dos resultados de suas pesquisas: a "Escala de Preconceito", também chamada "Escala de Allport".

Já falei de psicometria aqui em outros posts. Vocês sabem que para um ANalista do Comportamento atributos "mentais" não podem ser medidos, porque na verdade eles são comportamentos que variam de frequência mediante contextos.

Mas a Escala de Preconceito é na verdade uma medida de intensidade de comportamentos, ou de "força de resposta", em 5 níveis:
Fazer piadas, brincar com estereótipos, em geral sem violência física, apenas leves ou moderadas agressões verbais.

Ex: "Mas você é mesmo um viado, hein! Todo viado é assim, covarde!"




Nível 2 - Esquiva


Evitar contato.


Ex.: "Não gosto muito de negros. Prefiro ficar longe, pois eles não me passam confiança".


Nível 3 - Discriminação


Negar oportunidades, rotular e agir de forma a prejudicar, em geral por omissão.

Ex: "Prefiro não dar emprego para nordestinos".

Nível 4 - Ataque Físico


Voltado em geral a indivíduos, e mediante condições especiais.

Ex: "Mulher minha, se levantar a voz, leva um tapa".


Nível 5 - Extermínio em Massa


Agressão mais violenta, levando a morte, em sem necessidade de eventos disparadores, podendo ocorrer subitamente.


Ex: o Holocausto, na IIa Guerra.


Mas, e aqui vai uma opinião minha, ainda existe um sexto nível de preconceito. Eu o colocaria anterior ao nível 1 de Allport, e o chamaria de "preconceito da tolerância".


Trata-se de pessoas que dizem coisas do tipo: "Respeito você, mas você é inferior. Não aceito você, mas tolero sua existência". É comum, p.e., de religiosos que dizem coisas do tipo: "Odeio a homossexualidade porque Deus pensa assim. Mas devemos ajudar os homossexuais, pois eles precisam sair dessa".


Da mesma forma, acrescentaria a Escala de Allport a existência de preconceitos positivos. P.e., achar que japoneses são naturalmente mais inteligentes, ou que negros têm talento herdado para esportes.