25 de ago. de 2011

Stress Pós-Traumático


Há 2 dias eu quase fui assaltado. Estava andando sozinho na rua, a noite e dois sujeitos me abordaram, perguntando para onde eu estava indo, u um deles tentou me segurar (esquivei fácil). Depois de manter-me calmo, falei qualquer coisa e saí caminhando normalmente. Me seguiram por dois quarteirões, mas logo desistiram quando entrei numa rua movimentada. ("Manter-se calmo em situações de risco" é uma habilidade que veio dos meus treinos de Arte Marcial)
Algumas pessoas experimentam, contudo, sensações de grande mal-estar meses, e até anos depois de um ter sido vítima da violência urbana.


Os psiquiatras chamam isso de stress pós-traumático. Podemos defini-lo como um condicionamento fortíssimo a respostas físicas e emocionais de stress, derivado de apenas um episódio aversivo. Condicionamento esse que atrela respondentes emocionais (ansiedade, medo, tristeza, etc) e motores (desmaio, hiperatividade, aumento dos batimentos cardíacos, etc).

Com o tempo, as pessoas que se encontram nesse estado vão dessensibilizando espontâneamente, ao ver que o elemento aversivo se foi, de fato. Ou é possível que o condicionamento persista, generalizando para outros campos de sua vida, o que geraria os chamados "transtornos de humor" (especialmente a depressão).

Se a recuperação espontânea não ocorrer, dessensibilizar por terpia pode ser uma solução, ou fazer contracondicionamento, ou qualquer outro procedimento adequado ao caso.


Seja como for, se alguém que você conhece, ou você mesmo, passou por um episódio traumático (para usar termo médico) que deixou efeitos duradouros de mal-estar físico e emocional, então não fique achando que é "frescura" ou "isso passa logo logo".


Procure alguém para falar disso. Ajuda é sempre bem-vinda!



Liguei pra polícia quando cheguei em casa para denunciar, claro.


Porém hoje passei pelo mesmo lugar, de dia, e cheio de gente. Senti uma pontada no peito, uma apreensão, mesmo sabendo racionalmente que não havia chance da situação se repetir.

Creio que foi um evento aversivo forte o bastante, o tal quase-assalto, que bastou apenas um para gerar uma forte associação daquele lugar a sentimentos de mal-estar, que revivi hoje.


Mas foi leve, nada demais.

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