24 de ago. de 2011

Pascal Bruckner in O Paradoxo amoroso


O amor é uma aventura de que não queremos nos privar, mas com a condição de que ele não nos prive de nenhuma outra. Em suma, como crianças grandes, queremos tudo e o contrário de tudo: continuar unidos sem nos ligar a ninguém, o que a tecnologia favorece. O telefone é, assim, o marido/mulher dos solteiros, permitindo-lhes estar com todos sem precisar estar ao lado de ninguém. Os meios de romper a solidão, a Internet, os celulares são, em princípio, um meio de confirmá-la, uma vez que a tornam tolerável.

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